Maria Fatima Souza Silva
Gostaria de compartilhar com todos a dor e a tristeza pelo que se passou ontem na Escola Municipal Tasso da Silveira em Realengo. Precisamos ficar perplexos com essa situação que não esperávamos, mas que reflete a sociedade em que vivemos nas suas extremas fragilidades. A possibilidade da invasão de um lugar que precisa ficar aberto à comunidade, que ousa ser referência no lugar, que cada vez mais chama à participação das pessoas que ali moram, no mínimo, é contraditório e estranho.
Esse é um convite fúnebre para que possamos nos remexer e aprofundar seriamente na discussão de alguns dos grandes temas que penetram em nossa sociedade do século XXI: a questão do desamarmamento, as questões subjetivas do indivíduo, os valores de solidariedade e fraternidade cada vez mais afastados de nós, a importância de uma cultura de paz que invada nossos corações e mentes e que precisa perpassar por todos os grupos sociais e não apenas por aqueles que detém o conhecimento intelectual, a necessidade de uma educação sólida baseada em valores de humanidade.
Precisamos também verificar, e aí precisamos ficar muito alertas, com a segurança de nossas escolas. Precisamos preservar e dignificar o seu cotidiano. Nossos filhos, nossos netos, nossos irmãos, nossos amigos estão ali dentro se constituindo enquanto cidadãos, estabelecendo amizades, rindo, chorando, aprendendo e ensinando. É preciso saber quem chega, é preciso saber quem sai, é preciso que os professores, alunos e funcionários tenham tranquilidade para viver toda a gama de sensações que a escola nos proporciona. Mas tambem não podemos fechá- la e trancá-la como se fôra uma prisão. Precisamos juntos criar alternativas.
Nosso profundo pesar pela morte de nossa crianças e jovens!

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